Comecei a me fechar, pois ao me abrir além de não ser percebida, sou vulnerável. Fecho meu casco, assim não me conheces mais e evito ser machucada. Deixe-me só, agora apenas recolho todos meus gestos e modos que de tão intensos não cabem no seu mundo egoísta. Prefiro caber-me totalmente e completa em mim mesma. Ser borboleta que volta ao casulo por não encontrar espaço para voar. Ave que não bate as asas porque lhe falta o ar, arco-íris que desbota porque o deixaram de notar.
Aqui dentro, fechada, sou fria, sou razão. Nada entra e nada sai, mantenho preservada minha pérola, talvez um dia a deixe sair, mas apenas, somente apenas quando souber o real valor que ela tem.
Drika Gomes
Drika Gomes
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