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Mostrando postagens de 2010

Baú de palavras

Silenciar… Uma espada atravessada na garganta! Um nó! Um grito afogando-se no mar dos hipócritas. Porque certas palavras são feias, certas atitudes são sujas, certas entrelinhas são a escória subentendida dos que temem ouvir verdades. Silenciar… Para botar vendas nos olhos dos que não suportam ver que a vida não é cor-de-rosa. Para brincar de faz-de-conta que tudo é como você pensa. Para fingir. Para esconder. Para não ser. Silenciar… Para engolir toda sua alma devassa e rejeitada  para depois transpirá-la em ouvidos que a ouçam clara e sonora. Silenciar… Para não disperdiçar tesouros, Silenciar… Para continuar sendo exatamente quem é, num completo e íntegro silêncio. Mas sempre hei de falar bem alto mesmo quando a voz não alcançar ouvidos, pois tenho a alma de poeta e minhas palavras são infinitas… Sempre haverá de existir um lobo no alto de uma montanha à espera de uma bruxa que traz um baú de palavras d

Senta ao meu lado

  Vem, senta do meu lado, põe tua mão descansando sobre a minha, me conta sua história sem pressa, me deixa ver você franzindo a testa e sorrindo com o olhar. Quero observar teus modos, teu jeito de mexer nos cabelos, o modo como toma teu café somente assim vou percebendo quem você é. Quero me aproximar para te decifrar , sentir teu cheiro, a temperatura da tua pele, saber teu preferido poema, o modo que brilham teus olhos ao falar de um determinado tema. Vem, senta ao meu lado, e deixa de vez esse teclado! Drika Gomes

Vivendo de precipícios…

      Sou uma pessoa de tormentas, me acostumei a admirar as tempestades. Raios e trovões sempre me fascinaram por me causarem esse medo que me instiga. Me atraio tão facilmente pelo que me amedronta… Saltos de um precipício!! Sangue correndo em borbulhas na veia. Vontade de “transgre ção ”. Montanha-russa, para-quedas, asa delta. Êxtase! Gosto do que não conheço, do que não domino, do que me faz perder o chão. Gosto do que me faz sempre ter vontade de experimentar mais uma vez! Drika Gomes

Tempo de plantio

    Ultimamente faltam-me palavras, passo por momentos assim… Tempo de plantar, regar e cuidar. Não é hora de colher. Não que nada tenha a dizer, tenho a ouvir, ler, aprender mas é como se o silêncio tomasse a frente e andasse lentamente abrindo os meus caminhos, soprando a poeira, retirando as folhas secas do chão. Eu gosto dele, é companheiro sábio, uma quietude que tanto me ensina. Se ando calada é porque estou em paz.     Drika Gomes

O pulo da gata

Nada como um dia após outro, após outro, após outro… A vida acontece lá fora e não tem como não mexer aqui dentro. A gata se espreguiça ensaiando para saltar a janela e são tantos cheiros aguçando o felino paladar, esse instinto animal, quem é que pode aprisionar? ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ Quem sabe de que negras raízes se aliementa a liberdade de um homem!? [Clarice Lispector]

Noites com sol?

Tem dias em que a noite aparece quando abrimos a janela na hora de despertar… E uma dor que batia tanto à porta, enfim  consegue  sua vez de entrar… Quando vou abrir a janela e ver o sol brilhar?

Me fazendo uma canção

Ah… não me espere, não fique aí olhando esse relógio louco que o tempo quer comandar, já faz tempo que não o obedeço. Estou aprendendo a tocar a minha própria canção, e isso  me toma por completo. Cada nota, cada tom sem pressa, sem esperar nada, sem desejar nada… Apenas toco, sinto e me envolvo. Não espero nada de você, nem de ninguém apenas fico aqui deixando a música do universo entrar em mim. Descobri o prazer de viver sem esperas… Nada procuro e tudo me acha. Drika Gomes  

It’s beautiful!

  Eu fico com a pureza das respostas das crianças: É a vida! É bonita e é bonita! VIver e não ter a vergonha de ser FELIZ! Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário. Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas. Se achar que precisa voltar, volte! Se perceber que precisa seguir, siga! Se estiver tudo errado, comece novamente. Se estiver tudo certo, continue. Se sentir saudades, mate-a. Se perder um amor, não se perca! Se o achar, segure-o! [Fernando Pessoa]  

A vida é um doce, vida é mel!

  Vem correr, brincar, pegar na mão, tomar sorvete debaixo da chuva! Se jogar na areia, sujar a cara, pular na onda, dar cambalhota! Vem, mascar chiclete, enxer bexiga, espantar os pombos, colher flores no mato! Alcançar borboletas, chutar no gol, atirar a peteca, plantar bananeira! Vem, olhar para o céu, contar estrelas, adivinhar nuvens, fazer palavras cruzadas, falar bobagem! Assistir desenho animado, lamber a travessa do bolo. Dar  gargalhadas! Vem, dançar desajeitado, rolar pelo chão, se lambuzar de macarrão! Vem, beijar na boca chupando bala, fazer cócegas e deixar a cama bagunçada! Tirar uma soneca no meio da tarde, comer pizza, tomar vinho, andar pelado e fazer de conta que os adultos foram pro espaço! Vem ser criança! Drika Gomes

Cheiro de futuro

  Moça de largo sorriso, olhos que brilham feito estrelas… Ela tem a alma de pluma, leve como seu passos certos em rumo de um sonho. Sabe ver o horizonte além do alcance do olhar e sente no ar o cheiro de um futuro feito todinho para ela, que parecia estar ali há tempos, apenas esperando que ela desse os primeiros passos em sua direção e ele, o futuro, lhe estende as mãos e à cada passo dela, ele é estimulado a caminhar ao seu encontro. Em breve estarão juntos, quando encontrarem-se naquele lugar mágico e único chamado: Agora! Drika Gomes

Tempo de colheita

Plantei a semente quando ainda estava descrente mas a terra úmida, germinou-a foi crescendo lentamente, deixando à vista pouco a pouco os primeiros brotos. Raízes fortes… quem diria? Semente vinda numa folha que voava… e o fruto, tubérculo viçoso, já no ápice da colheita tomo em minhas mãos, admiro, cheiro, preservo, devoro. Sempre há de vir folhas trazendo suas sementes pelos ares. Drika Gomes

Nas teias

Ainda envolta nas teias do meu pensamento… Esse emaranhado tão bem traçado que eu sei, quer me levar para algum lugar, mostrar alguma direção. É mistério. Eu espero. Sinto. Ouço. Duvido. Chove quase sempre, é noite. Meu horizonte vazio, somente enxergo essas teias e tento encontrar a lógica. Não quero o meio de nada, procuro as extremidades. O centro me puxa como um imã  atrai  metal. Fujo. Esforço-me. Ainda não cansei. Estar no meio é ser alvo fácil. É morte. Sou a vida tentando escapar da armadilha. Drika Gomes

Silêncio…

Todas as palavras selaram seus lábios, agora só quero ouvir o que silêncio tem para contar e sei que são longas histórias…   Drika Gomes

Bichos escrotos

  Eu não confio em ninguém, todos são podres, as pessoas são hipócritas, o mundo é um lodo só de pensamentos e ações nojentas! Os homens são ridículos, as mulheres são fúteis, as pessoas são supérfluas desde a hora que acordam até o momento em que se deitam tranquilamente em seus travesseiros e então dormem e sonham seus sonhos fingidos. Não confio num olhar, nem confio em palavras, principalmente palavras que dizem tanto e muitas vezes significam nada. Isso é contraditório, eu sei, afinal sou uma mulher cheia de palavras, mas a verdade é que não confio em mim também. Eu mesma me engano e me traio, me confundo, me saboto, como posso confiar em alguém assim? Nenhum ser humano é puro e íntegro. Não existe e nunca há de existir. Todas as pessoas mentem, escondem, fazem jogos, simulam, chantagiam, puxam tapetes e tudo isso egoísticamente, olhando para seus próprios umbigos.  Não há nada de ruim em ser um pouco egoísta, mas será possível amar a si mesmo sem causar mal aos outros? Por

É o que chamam de amor

    Antes doía-me olhar-te, era como  penicar chaga minha e apertava os olhos, franzia o semblante… Sentia-me engolir à seco cacos pontiagudos que o coração não sabia digerir. Mesmo ferindo-me a fundo meus olhos procuravam pelos teus como sentissem fome dessa coisa amarga e viciante chamada dor. Tu mal sabias  que  cada olhar que me lançavas era flecha envenenada certeira e algoz no alvo do meu peito e eu somente suportava porque também eu não sabia haver em mim esse antídoto nefasto que chamam de amor. Drika Gomes

Parte pura del abismo

  Y yo, mínimo ser, ebrio del gran vacío constelado, a semejanza, a imagen del misterio, me sentí parte pura del abismo, rodé con las estrellas, mi corazón se desató en el viento. [Pablo Neruda] ___________________________ Nem sempre a chegada do sol é capaz de dissipar as nuvens não tão negras, mas densas e suficientemente capazes de cobrir nosso mais puro olhar. Sinto e vejo a sedução quase convincente desse profundo abismo e a luz que brilha no vácuo emite a visão dos loucos. Há nuvens, ainda assim enxergo aquilo que me apavora. Tenho ainda raizes de lucidez que me impedem o salto. Drika Gomes  

Provocas-me venda(vais)

  Ela pensava, sempre pensava demais e lá dentro vendavais! Quando? Ela perguntava-se. Quando vou conseguir pegar as palavras certas, pois passam tão depressa diante dos meus olhos como se fossem aviões no céu do meu raciocínio?  Ela queria um sentido lógico, uma razão, alguma coisa sólida e palpável que a fizesse compreender o que sentia.  Estava ali diante dela e ela não conseguia…   Drika Gomes  

Olhos de ressaca

Vamos nos entorpecer. Encher a cara de alguma coisa que nos dê uma visão fora da realidade. Vamos encher os copos de ópio e deixar que o líquido escorra da língua ao peito, afogando o coração, enxarcando as veias de um néctar absoluto que nos torna bobos e ao mesmo tempo lúcidos e ridículos. Venha, façamos um brinde à estupidez que habita os poetas, às suas palavras sem senso apenas compreensíveis aos que saltam precipícios e caminham sobre as nuvens. Embreaguei-me do fel  esquecido no fundo do pote de mel. Me fez acordar entrando em sono profundo. Cá estou com esses olhos de ressaca. Drika Gomes

Arisca

“Sou uma filha da natureza: quero pegar, sentir, tocar, ser. E tudo isso já faz parte de um todo, de um mistério. Sou uma só... Sou um ser. E deixo que você seja. Isso lhe assusta? Creio que sim. Mas vale a pena. Mesmo que doa. Dói só no começo." [Clarice Lispector]  

Um lugar sagrado

Tem um mundo aqui dentro que ninguém toca, ninguém vê: Minha gaveta de segredos… Porque tem coisas, gentes, gestos, momentos que são meus, apenas e tão somente meus. Abro a gaveta todos os dias e aprecio, olho, pego na mão sinto o cheiro, o gosto, acaricio, às vezes choro, outras sorrio… e guardo. É uma gaveta firme e forte, tem cheiro da minha alma. Mantenho a chave dentro do peito e essa chave ninguém alcança e se um dia tentarem eu fujo… Todos nós temos um quê de intocável lá no fundo…  Um lugar  sagrado que só compartilhamos com Deus ou com o diabo.

Do que me fascina…

  O azul me fascina e todo mistério do mar Lugar onde não sou de ninguém Ele me acolhe, me deixa ficar… É um caso de amor Um laço, um desafio É um pernamecer singelo Um encontro, um elo Uma conexão de almas Marés todas, as intensas, as calmas O que me provoca êxtase e admiração É isso que sempre ganha meu coração.   Drika Gomes  

Que la lumière soit!

    Porque diamantes são eternos.

Tudo é mistério nesse seu voar…

Ela deu marcha ré… Lembrou que havia passado por um desvio, não havia placa avisando para onde a estrada ia.   Melhor assim – pensou.  O desconhecido era o seu fascínio. Só então se deu conta de suas asas que só pediam espaço e vento… Quando o mistério sai pela porta, o desencanto toma conta do ar. Drika Gomes  

Ser mulher

  Ela parece que dança vai distraída e sem pressa pé ante pé molhados de mar segue com o vento a leveza dos passos  observa o nada em meio a tanto tudo e na areia macia deixa ali a marcar toda suavidade e sensualidade do andar e solta os cabelos que o vento afaga como quer olha o horizonte e como uma prece agradece por ser mulher. Drika Gomes

Salva-vidas

  Às vezes é tão difícil… As lágrimas não escorrem dos olhos mas choram dentro desse silêncio. O mar que um dia nadei… hoje me afoga. Meu bote salva-vidas Será que distraída deixei passar?  

Além mar

  Eu quero a paz de viver em paz dentro de mim. Não bata na porta, aqui não tem mais espaço Está tudo apertado e cheio. Não me chame, me cansei… Não quero mais questionamentos que não são meus, Não quero mais pesos nas costas, bagagens inúteis, Não quero mais esse fel que escorre dos seus lábios. Tomei a chave e tranquei a porta, sentei em frente da janela vejo uma luz colorida além desse mar. Drika Gomes  

Deixe-me

Deixe-me partir assim como o vento que traz o mar, entra pela janela, envolve todos os cantos e sai… Deixe-me partir sem estrondos, sem grandes alardes, apenas esmaecer suavemente, morrer como quem nasce para outro mundo. Deixe-me partir assim como cheguei, de coração inteiro, com meus olhos brilhantes,  repletos de um reflexo de futuro. Deixe-me partir sem todos esses apegos, sem essas amarras e grades invisíveis que eu sempre enxergo tão bem. Deixe-me, apenas deixe-me porque só assim posso ficar. Drika Gomes

Alma de borboleta

Um lugar, um espaço, um grande pedaço. O prazer de voar, passo a passo. Um chão para pisar sem cansaço, Um momento único e a doce sensação de me dar um abraço. Drika Gomes E ela não passava de uma mulher... inconstante e borboleta. [Clarice Lispector]

Momentos

  Eu pedi aquele instante atravessado na garganta e quase sem medo vi que nada mais era tão simples, mas os sonhos têm essa coisa deslizante que lubrifica todas as ranhuras, rachaduras e alisa as farpas, são eles, os sonhos, que me permitem acordar. Drika Gomes

Fachada

Essa fachada de rocha, por dentro é areia movediça. Ninguém me disse o quanto a vida é capaz de doer e a despeito de tudo e tanto abrimos os olhos todas as manhãs porque a gente aprende que é melhor sentir dor do que deixar de existir. E quando sou tola, nada fere, ingenuamente me sinto viva, mas às vezes tranco a tola no baú dos sóbrios adultos e a consciência da vida tem lâminas afiadas, visto-me de pedras.

Sobre o amor

  Sempre achei que o amor fosse como uma linda rosa de cristal. Um objeto para ser admirado, protegido e guardado. De tão delicado ser algo que até sentimos medo de tocar, pois qualquer movimento mais brusco ou desastroso poderia destruí-lo, mas como poder desfrutar e viver um amor de maneira tão meticulosa? Controlando os gestos, o tomando na mão com tanto zelo ou então apenas o observando de longe como se fosse uma estrela? Para amar precisamos ser naturais, é preciso que tenhamos com o amor uma intimidade tal como a menina tem com sua boneca preferida e o menino com sua bola de futebol. Amar é ter proximidade, é pegar, mexer, jogar pro alto, mudar de lugar, guardar no bolso, esconder no armário, levar para passear. É só assim que a gente ama, às vezes a boneca quebra um braço ou uma perna de tanto que brincamos com ela, a roupinha se rasga, a boneca se suja e a menina troca a roupinha dela, coloca o braço no lugar e no dia seguinte vai brincar com ela denovo. A bola fica arranh

Coração balão

      Vem felicidade, vem aqui me buscar… Aprendi a não te chamar demais, apenas esperar porque sei que você só aparece quando meu coração apertadinho e trêmulo se encher feito bexiga que criança sapeca assopra e assopra, depois solta de jeito desengonçado só para ver ela voar. Drika Gomes

O véu que não se rasga

  Construí tantas muralhas para me esconder dos seus abismos, todas  ruíram. Hoje apenas vivo envolta em um véu que não se rasga. Drika Gomes

  Ando cansada de tantos nãos   e de tanto caminhar numa estrada onde acham que meus passos são tortos.

Reflexões…

A casa de vidro

Ela não permitia invasões por isso ergueu um muro sólido e com cercas elétricas. A impenetrabilidade era sua maior arma. - Aqui nada entra sem permissão e só sai o que eu desejar. Na vizinhança haviam propriedades de muros baixos, outras apenas protegidas por uma frágil e ornamental cerca de flores, haviam também as que eram totalmente abertas, apenas um gramado na frente da porta principal, como se fosse um tapete de boas vindas para qualquer pessoa sentir-se convidada a entrar. Ela sentia-se indignada com tamanha falta de precaução e ingenuidade daquelas pessoas, em sua concepção era um erro fatal deixar-se vulnerável, era como ser ostra fora da concha, guerreiro sem armadura. Quanta burrice! Observava de sua janela, lá no alto, onde tudo podia assistir, pessoas entrando e saindo das casas vizinhas, uns entravam alegres e saiam gargalhando, outros entravam tristes e saiam sorrindo, as mesmas pessoas e pessoas estranhas. Tanta gente… Ela ali no seu mundo, sozinha, apreciava s

Chegar lá

  O que se há de fazer quando o caminho que queríamos e que estávamos acostumados a seguir já não  pode mais nos levar adiante? Segue-se por ele mesmo sabendo que talvez nunca chegaremos ao nosso destino? Qual a motivação de fazer essa escolha? A gente muda o trajeto quando vemos que a estrada está congestionada, ou que um deslizamento enorme a bloqueou, afinal para quê perder tempo se podemos fazer outra escolha, ter outra opção onde o caminho é livre? Não é desistência, é consciência. Quem escolhe seguir adiante por uma estrada bloqueada é porque lá no fundo não quer chegar a lugar algum. Eu quero uma estrada livre que me deixe dar passos adiante, por onde possa correr se eu quiser, caminhar dando pulos ou simplesmente andar tranquilamente, mesmo que haja um obstáculo ou outro, não importa, pois eu sei que mesmo assim eu chego lá.  

Atreva-se!

Atreva-se se for capaz Abra as cortinas dessa alma intensa Talvez não seja nada do que pensa Mas sou inteiramente de mim.  Me olhe por de trás dos seus sonhos e enxergue de verdade todo o meu ser nua, em pele e sangue quente essa que pensa ser serpente é apenas e simplesmente mulher Toque, sinta, pegue esta bem a sua frente é a verdade minha cara sempre esteve aqui para ser vista Não faz de mim um sonho, desista não sou caricatura de artista Sou esta que só pede para você me olhar Quem sabe assim você entenda que tudo que fez foi um delírio e desvende de vez em mim o que te apavora e reconheça que passou da hora que já chega de olhar essa cicatriz e que hoje é tempo de ser feliz.

Vem…

  A dança do amor só acontece quando os dois estão juntos e os passos se sincronizam. É preciso que ambos saibam dançar, pois não basta ser conduzido, os gestos só ganham harmonia no movimento em conjunto. É preciso que haja troca, é preciso que haja cuidado, é preciso que haja um brilho no olhar. Eu amo feito cisne que desliza e te convido… me dê a mão? Dança comigo, amor, ao som desse bater do coração que pede enlouquecido para que tire dos pés esse peso e que se deixe voar… Voar pelo chão, porque quem ama tem asas no coração.