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Navegar é preciso...



Um pouco de sanidade, momentos... Aqueles que chegam após uma longa e cansativa batalha, a batalha interior que travamos e isso nos esgota. Quero a brisa no rosto, cheiro de maresia, ver gaivotas e sonhar...
Por trás de tanto mar ainda há lugar para mais um sonho, lugar para meus devaneios e meu jeito torto de ser. Com certeza há espaço para meus passos largos e firmes e para toda a minha sede de existência, de existir em uma vida intensa de cores, amores, sabores... se não for demais não me serve o de menos, o minimismo cansa, a rotina enjoa, a ausência de fervor me apavora.
Fico mais um pouco aqui, mas não serenamente como quem aprecia a paz, mas inquieta e repleta de desejos loucos, pensamentos absurdos e secretos vindo da minha alma errante e indelével. Aqui dentro mora uma natureza que desconheço, com tantos mistérios e labirintos que muitas vezes me assustam, mas me deixam profundamente apaixonada. Essa minha alma devassa e fascinante que me conduz, por mais que queira um porto, ela sempre vai navegar.

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