Pular para o conteúdo principal

Navegar é preciso...



Um pouco de sanidade, momentos... Aqueles que chegam após uma longa e cansativa batalha, a batalha interior que travamos e isso nos esgota. Quero a brisa no rosto, cheiro de maresia, ver gaivotas e sonhar...
Por trás de tanto mar ainda há lugar para mais um sonho, lugar para meus devaneios e meu jeito torto de ser. Com certeza há espaço para meus passos largos e firmes e para toda a minha sede de existência, de existir em uma vida intensa de cores, amores, sabores... se não for demais não me serve o de menos, o minimismo cansa, a rotina enjoa, a ausência de fervor me apavora.
Fico mais um pouco aqui, mas não serenamente como quem aprecia a paz, mas inquieta e repleta de desejos loucos, pensamentos absurdos e secretos vindo da minha alma errante e indelével. Aqui dentro mora uma natureza que desconheço, com tantos mistérios e labirintos que muitas vezes me assustam, mas me deixam profundamente apaixonada. Essa minha alma devassa e fascinante que me conduz, por mais que queira um porto, ela sempre vai navegar.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ninguém do outro lado

  "Penso: quando você não tem amor, você ainda tem as estradas." [Caio Fernando Abreu] Ninguém do outro lado da cama, nem da linha telefônica, nem do outro lado da rua. Ninguém do outro lado da parede. Ninguém. Ninguém do outro lado dos meus sonhos, e dos meus pesadelos, nem do outro lado da verdade. Ninguém do outro lado das sombras, ninguém do outro lado da luz. Ninguém do outro lado da esperança, da confiança, da parceria de dança, Ninguém. Ninguém do outro lado da casa, nem do outro lado da nuvem, nem do outro lado de mim. Eu, do outro lado do espelho. Drika Gomes ¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨ "Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia." [Cai

A última folha…

  É chegada uma hora em que as estações terminam. O outono veio com seus ventos e foi derrubando folha a folha. O chão ficou repleto de suas quedas. Folhas secas. Mortas, mas prontas para uma nova etapa de vida. Caiu a última folha dessa árvore chamada dor. Deixei-a cair levemente levando consigo todas as expectativas frustradas, todas as longas esperas, todas as decepções somatizadas. Os galhos estão secos. Acabou. Foi-se a última lágrima doída, espessa, ferida, aquela exprimida até o limite do último sal. Rolou. Com ela deixei ir todos as declarações nunca ditas, todos os afetos nunca feitos, todos os presentes não recebidos, todos os eu te amo jamais ouvidos, todos os telefonemas esperados em vão, todas as palavras bonitas caladas. Restou ainda líquida e corrente, a seiva, mantendo a vida fluída da raíz aos galhos. Restou num suspiro o acréscimo de estima por mim mesma, por saber que depois de tudo ainda posso continuar e seguir em frente, que virão novas folhas e novas est
A felicidade é como ouro que brilha de dentro para fora e é assim que sinto essa alegria pulsante dentro de mim, um milagre que acontece aqui dentro e o quanto me faz sentir viva e forte! A coisa mais mágica da vida, manifestação de Deus...