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Mostrando postagens de agosto, 2010

A vida é um doce, vida é mel!

  Vem correr, brincar, pegar na mão, tomar sorvete debaixo da chuva! Se jogar na areia, sujar a cara, pular na onda, dar cambalhota! Vem, mascar chiclete, enxer bexiga, espantar os pombos, colher flores no mato! Alcançar borboletas, chutar no gol, atirar a peteca, plantar bananeira! Vem, olhar para o céu, contar estrelas, adivinhar nuvens, fazer palavras cruzadas, falar bobagem! Assistir desenho animado, lamber a travessa do bolo. Dar  gargalhadas! Vem, dançar desajeitado, rolar pelo chão, se lambuzar de macarrão! Vem, beijar na boca chupando bala, fazer cócegas e deixar a cama bagunçada! Tirar uma soneca no meio da tarde, comer pizza, tomar vinho, andar pelado e fazer de conta que os adultos foram pro espaço! Vem ser criança! Drika Gomes

Cheiro de futuro

  Moça de largo sorriso, olhos que brilham feito estrelas… Ela tem a alma de pluma, leve como seu passos certos em rumo de um sonho. Sabe ver o horizonte além do alcance do olhar e sente no ar o cheiro de um futuro feito todinho para ela, que parecia estar ali há tempos, apenas esperando que ela desse os primeiros passos em sua direção e ele, o futuro, lhe estende as mãos e à cada passo dela, ele é estimulado a caminhar ao seu encontro. Em breve estarão juntos, quando encontrarem-se naquele lugar mágico e único chamado: Agora! Drika Gomes

Tempo de colheita

Plantei a semente quando ainda estava descrente mas a terra úmida, germinou-a foi crescendo lentamente, deixando à vista pouco a pouco os primeiros brotos. Raízes fortes… quem diria? Semente vinda numa folha que voava… e o fruto, tubérculo viçoso, já no ápice da colheita tomo em minhas mãos, admiro, cheiro, preservo, devoro. Sempre há de vir folhas trazendo suas sementes pelos ares. Drika Gomes

Nas teias

Ainda envolta nas teias do meu pensamento… Esse emaranhado tão bem traçado que eu sei, quer me levar para algum lugar, mostrar alguma direção. É mistério. Eu espero. Sinto. Ouço. Duvido. Chove quase sempre, é noite. Meu horizonte vazio, somente enxergo essas teias e tento encontrar a lógica. Não quero o meio de nada, procuro as extremidades. O centro me puxa como um imã  atrai  metal. Fujo. Esforço-me. Ainda não cansei. Estar no meio é ser alvo fácil. É morte. Sou a vida tentando escapar da armadilha. Drika Gomes

Silêncio…

Todas as palavras selaram seus lábios, agora só quero ouvir o que silêncio tem para contar e sei que são longas histórias…   Drika Gomes

Bichos escrotos

  Eu não confio em ninguém, todos são podres, as pessoas são hipócritas, o mundo é um lodo só de pensamentos e ações nojentas! Os homens são ridículos, as mulheres são fúteis, as pessoas são supérfluas desde a hora que acordam até o momento em que se deitam tranquilamente em seus travesseiros e então dormem e sonham seus sonhos fingidos. Não confio num olhar, nem confio em palavras, principalmente palavras que dizem tanto e muitas vezes significam nada. Isso é contraditório, eu sei, afinal sou uma mulher cheia de palavras, mas a verdade é que não confio em mim também. Eu mesma me engano e me traio, me confundo, me saboto, como posso confiar em alguém assim? Nenhum ser humano é puro e íntegro. Não existe e nunca há de existir. Todas as pessoas mentem, escondem, fazem jogos, simulam, chantagiam, puxam tapetes e tudo isso egoísticamente, olhando para seus próprios umbigos.  Não há nada de ruim em ser um pouco egoísta, mas será possível amar a si mesmo sem causar mal aos outros? Por