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Mostrando postagens de abril, 2010
Guardei as tintas, todas as cores que haviam secado, molhei. Os potes de tinta que as tampas se perderam, tampei. Os pincéis que estavam sujos, lavei. A tela repleta de fragmentos, apaguei. Minhas mãos que andavam cansadas, repousei. Agora retorno com a paleta em mãos, já retoquei na tela o plano de fundo e suavemente... vou pin ta n d o meu mundo. Drika Gomes

Amigas!

    Toda mulher  tem uma grande amiga, ou várias delas. Aquelas que se reúnem e passam a noite rindo de tudo como se o mundo fosse um imenso circo cercado de palhaços ou então se juntam para chorar, ali juntas, lado a lado, unidas como irmãs. Toda mulher precisa de uma grande amiga e quantas mais, melhor. Amigas pra beber, amigas pra dançar, amigas pra sorrir, repartir, dividir, somar! Amigas pra falar mal da vida, dos homens, do emprego, do vestido que não serve mais. Amigas para te ajudar a levantar quando tudo parece que quer te mandar pro fundo do poço. Amigas que te ligam e te procuram só para você saber que não está sozinha e que te puxam pelo braço para te mostrar que a vida acontece lá fora. Amigas de infância, amigas de faculdade, amigas que conhece no acaso, amigas de internet, amigas malucas, amigas centradas, amigas neuróticas, amigas equilibradas, amigas divertidas, amigas chatas… simplesmente amigas!  

O sentido dos sentidos…

    …Porque o amor deve ter aroma de perdão em flor , sabor de vem-pra-junto-de-mim , e chegar fazendo barulho de vento fresco de primavera. Que nos permita ver a r c o - í r is em noites de chuvas… Tudo isso para deixar em nós uma sensação de que-isso-dure-pra-sempre!   . . . .   Drika Gomes  

O maior presente de todos

Um dia Deus me deu um presente, esse presente sorria para mim toda vez que me via entrar pela porta depois de um longo dia e vinha correndo em minha direção, com passinhos cambaleantes enquanto balbuciava euforicamente “mãmã” “mãmã”… Aquilo era o céu para mim. Pegar aquela coisinha gorda cheirando danoninho nos meus braços… Naquele tempo, apesar da minha imaturidade, eu já sentia o prazer mais que indescritível de ser mãe. E o tempo passou tão depressa… Quanta coisa eu perdi enquanto me perdia na loucura do dia-a-dia. Mal vi o firmar de seus primeiros passos, quando começou a beber leite no copinho, quando saiu das fraldas, mas tenho muitas lembranças lindas. Ela foi crescendo, mais linda a cada dia. Hoje não a pego mais no colo, mas ela deita nele quando quer carinho. Hoje ela não vem mais correndo pros meus braços quando eu chego, mas ela ainda sorri quando ouve minha voz e abre seus braços do tamanho dos meus e me aperta! Hoje não é  mais a minha coisinha gorda que cheira a danoninh

Chuvas de bem-me-quer

    Eu quero a luz que brilha, O raio de sol, A gota de orvalho da folha, Eu quero o que existe, real… Alegria palpável, Sonhos que se realizam, Vento que traz cheiro de vida, chuvas de bem-me-quer… Eu quero a boca que canta, As mãos carinhosas de alguém, Eu quero palavras de amor, Um sino dos milagres a badalar… Eu quero um coração mais rosa que vermelho, uma margarida enfeitando os cabelos, um sabor de mel com “obrigada-por-tudo” na boca, Eu quero mais sorrisos, mais alentos Mais flores, mais  afetos Mais beijos, mais coração… Porque a felicidade é uma criança de sorriso fácil  e se nos  aproxi mar-mos dela com amor, ela nos estenderá a mão… Drika Gomes  

E depois da curva o que é que tem?

E agora o que é que vem? Não espero que seja um susto, só se for do bom, daqueles que fazem o coração tilintar com batidas de sorrisos. O tempo que leva e traz tem a medida certa, a dose exata presenteada no cálice do futuro e quem se atreve a provar? É preciso que haja na garganta aquele grito preso que incomoda querendo saltar aos ares e vibrar com suas cores fortes de vida. É preciso que exista no peito uma flor aberta pronta para ser colhida e nas mãos a expressão de quem abre uma porta. E agora o que é que vem? Quem sabe é o coração.

Chove lá fora e aqui…

Dias de chuva… Eu amo! Penso que deveria ter nascido na europa, num lugar bem frio e chuvoso, incrível como tem climas que se identificam com nossa personalidade, na verdade climas e estações. Sempre gostei do inverno, sempre gostei mais de me aquecer do que ter de me resfriar. E chove em sampa, faz friozinho gostoso… E aqui nessa minha fase meio estranha, não sei nem definí-la, se é luto ou rito de passagem… Isso às vezes me confunde tanto e penso – É então um luto sem dor, algo como se houvesse um ente querido há muito doente e que sabíamos, um dia, muito em breve iria morrer. Então aí a dor não é tanta porque já era algo pelo qual esperávamos, embora não desejássemos, mas as coisas acontecem como devem ser. Essa chuva me acalma. Chuvas sempre fazem isso comigo, gosto de ouví-las, se observá-las, de senti-las e de dar nome à elas. Essa que cai hoje é uma chuva lenta, daquelas que demoram a passar, chove o dia todo bem fraquinha, mas constante. Ótimo tempo para ler um bom livro

Contos para aquecer o coração 1

A voz de um olhar Estava ali naquele bar, entre um gole de capuccino e umas folheadas naquele livro antigo, ele passou por mim. Tão lento que deixou seu cheiro penetrar na minha pele e tão rápido que nem tive tempo de decifrá-lo. Escondeu-se entre aquelas pessoas estranhas no fundo, sentou-se a mesa e parecia nem olhar para o mundo, mantinha o olhar fixo em algum ponto vazio do espaço e vez ou outra observava a fumaça do seu cigarro. Eu queria saber o que ele poderia estar pensando, não devia ser em algo bom porque franzia a testa como quem lembrasse de uma cena revoltante e em seguida soltava um suspiro. Ali de longe eu observava atenta aquele adorável estranho e sentia-me muito a vontade porque ele nem se quer notara meu olhar curioso e detalhista, ele estava tão entregue a seus proprios pensamentos que era como se tudo ao seu redor não existisse. Voltei a folhear meu livro por alguns instantes e quando voltei meu olhar àquele estranho fui pega de surpresa. Ele olhava para mim