Pular para o conteúdo principal

Navegar ou ficar a ver estrelas?

Poesia Leve-me 2 giusta

Ela colocou os pés na areia branca como quem mergulha o coração num lago de beijos. Acariciou aquele pássaro azul que pousou em suas mãos distraídas, alisou suas penas enquanto sentia um sorriso suspirar no fundo da alma. O sol renascia, antes da noite chegar e do horizonte despontavam estrelas coloridas numa mistura de céu e mar. Ela sabia que não era sonho e sendo realidade, não a podia crer, mas era.

O pássaro cantava olhando para ela e num gesto de pleno amor, lançou-o aos ares… Suas asas azuis brilhavam na luz do sol e ela admirava seu livre voar.

Ela mergulhou seu corpo nas águas mornas daquele mar, fechou os olhos, abriu o peito e foi navegar no azul, olhando as estrelas.

 

É...Aqui onde estou...
Esta é minha estrada...
Por onde eu vou!
E...quando eu chegar...
Na linha do horizonte...
Eu vou ficar!

Drika Gomes

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nas teias

Ainda envolta nas teias do meu pensamento… Esse emaranhado tão bem traçado que eu sei, quer me levar para algum lugar, mostrar alguma direção. É mistério. Eu espero. Sinto. Ouço. Duvido. Chove quase sempre, é noite. Meu horizonte vazio, somente enxergo essas teias e tento encontrar a lógica. Não quero o meio de nada, procuro as extremidades. O centro me puxa como um imã  atrai  metal. Fujo. Esforço-me. Ainda não cansei. Estar no meio é ser alvo fácil. É morte. Sou a vida tentando escapar da armadilha. Drika Gomes

A casa de vidro

Ela não permitia invasões por isso ergueu um muro sólido e com cercas elétricas. A impenetrabilidade era sua maior arma. - Aqui nada entra sem permissão e só sai o que eu desejar. Na vizinhança haviam propriedades de muros baixos, outras apenas protegidas por uma frágil e ornamental cerca de flores, haviam também as que eram totalmente abertas, apenas um gramado na frente da porta principal, como se fosse um tapete de boas vindas para qualquer pessoa sentir-se convidada a entrar. Ela sentia-se indignada com tamanha falta de precaução e ingenuidade daquelas pessoas, em sua concepção era um erro fatal deixar-se vulnerável, era como ser ostra fora da concha, guerreiro sem armadura. Quanta burrice! Observava de sua janela, lá no alto, onde tudo podia assistir, pessoas entrando e saindo das casas vizinhas, uns entravam alegres e saiam gargalhando, outros entravam tristes e saiam sorrindo, as mesmas pessoas e pessoas estranhas. Tanta gente… Ela ali no seu mundo, sozinha, apreciava s...

Quem resiste?

Quem resiste, quando insiste? O ponto precisa da reta A letra precisa da frase O poema, do poeta... Quem resiste? O gesto necessita da mão O vaso do artesão A flor, do seu botão... Quem resiste?