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Ergui muralhas, quebrei pontes…

 

Já guerreei tantas batallhas, faz parte do caminhar na vida. É preciso travar algumas lutas para conquistar o que se deseja. Agreguei muitos amigos e apesar de não ter somado inimigos, sei que existem os que não me queiram bem. Não os julgo, nem os critico – mantenho-os afastados. Ergui mulharas para proteger-me de qualquer invasão, quebrei as pontes que me ligavam aos que poderiam me ferir. Me precavi. Não desejo guerrear com oponentes vencidos, o que havia para ser ganho, já foi, agora é o futuro que me instiga, o que haverá de vir…

Se alguma luta eu perdi, largo a derrota nas mãos que me venceram, não há em mim orgulho ferido, pois tudo acontece justamente como deve ser. Trago comigo as experiências, o aprendizado, isso sim me pertence, é tesouro que jamais se rouba.

Já chorei de saudade, já vi o tempo fugir por entre os dedos… Já quis correr contra o vento. Aprendi que o único caminho é tocar em frente e quando assim o fazemos a vida que é sábia, nos surpreende mostrando que o futuro pode ser maravilhoso quando nos abrimos para novas possibilidades.

O-Poder-da-Alegria

“A moça – que não era Capitu, mas também têm olhos de ressaca
– levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário…
Por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração,
na sua alma, na sua essência.
E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal,
foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo.”

[Caio F. Abreu]

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