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Das coisas que eu gosto…


Cheiro de café - sendo coado logo pela manhã, humm… dá aquela vontadezinha de levantar da cama e acreditar que a vida é bela, pelo menos um pouquinho, alguns instantes que duram o tempo de levantar da cama,  fazer xixi, lavar o rosto, ir pra cozinha encher a xícara, colocar três colherinhas de açúcar, dar uma mexidinha e ir tomando os primeiros goles. Já no terceiro gole, pouco antes do café desaparecer, o encanto termina, o aroma some e a vida volta a ser como sempre foi.

Me surpreender -  com coisas simples, como a lua cheia da minha janela. Visão maravilhosa, por instantes me perco a admirá-la e fico sonhando em estar bem pertinho dela, instantes que me dão vontade de voar. Esqueço dos problemas, esqueço das dores e só consigo pensar em quanta beleza existe lá bem acima de mim e não posso alcançar.

Gosto de sexo -  mas não qualquer sexo, tem que ser  “O sexo”, aquele que começa num olhar e vai se estendendo com carícias, beijos envoltos num clima de romance, desses comos dos filmes e que infelizmente nem sempre se encontra na vida real.

De gente - conhecê-las, esmiuçá-las, tentar compreendê-las, pois assim vou me inundando de universos e em cada um deles, um pouco de mim. Pessoas de todos os tipos, gêneros e tamanhos, sem qualquer distinção, basta apenas que possuam algo que me chame a atenção suficientemente para querê-las por perto.


Gosto de morangos - a minha fruta do desejo, nem doce demais que enjoe e com aquele azedinho final, é como sentir prazer com um pouquinho de dor (risos).


Gosto da chuva - a princípio do cheiro que a antecede e depois do seu som batendo na janela, do frescor que proporciona e quando acaba, da umidade que deixa e aquela sensação gostosa de que o mundo ficou mais limpo.


Gosto de ler - um bom livro que prenda-me, que instigue-me e que de preferência me traga ensinamentos. Todos trazem algum. Gosto daqueles livros que me chegam assim ao acaso e de repente me arrebatam, pois dentro dele me acho, naquele exato momento e circunstância.

Gosto da liberdade – de ir e vir e de ser. Liberdade de sentir e expressar, liberdade de pensar, de existir, mas principalmente da liberdade que faz-me andar com meus próprios pés, sem amarras no peito nem na mente. Liberdade que não me prenda a ninguém e nem a nada. Ser vida solta que segue a correnteza incerta do coração.

Drika Gomes

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