Pelas linhas das palavras
vejo as entrelinhas
apertadas e obscuras,
pedem segredo...
Cada toque
lanceta o medo.
Sou o sussurro da canção,
uma voz rouca na escuridão,
nosso doce enredo...
Luas de paz
nos esconderijos e vãos,
entrando e saindo
entre pernas e mãos.
Em desatino tomada,
eis que num gesto forte
me lança cega aos deuses,
Nirvana de Erotes.
Por lá deslizo num carpete felpudo,
te tomo por dentro
frágil e desnudo.
Ali não se adormece,
somos filhos do vento,
me encaixas em seus espaços,
te dou lugar nos pensamentos.
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