Pular para o conteúdo principal

Silêncio da madrugada



Gosto do silêncio principalmente nas madrugadas frias onde tudo ao redor parece que hiberna e a quietude, essa total ausência de sons: gritos, latidos, música alta da vizinhança... tudo some... é uma delícia. Não consigo sono nesse êxtase, meus pensamentos viajam, surgem idéias, vem a vontade de escrever ou de ler, é interessante - o silêncio me convida a não adormecer.

Penso na vida, na morte, na vida após a morte e na morte de quem vive. Converso com meus anjos de bochechas rosadas, mas são anjos travessos sempre me orientam a seguir meu coração, tiram o deles da reta! Converso com minha consciência, ah essa não é nada fácil de entender e muito menos de agradar, a danada é exigente demais e vive me dando cada puxão de orelha...

Fácil mesmo é conversar com meus demônios, eles me estimulam mais do que qualquer pílula da felicidade, aliás deixo aqui uma sugestão para que aprendam a ouvir seus demônios. Eles podem te fazer rir à beça e fazer com que enxergue a vida sem levá-la tão a sério. Existe o lado divertido de viver, sim, mas só percebe isso quem se entende com seus chifrudinhos.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Nas teias

Ainda envolta nas teias do meu pensamento… Esse emaranhado tão bem traçado que eu sei, quer me levar para algum lugar, mostrar alguma direção. É mistério. Eu espero. Sinto. Ouço. Duvido. Chove quase sempre, é noite. Meu horizonte vazio, somente enxergo essas teias e tento encontrar a lógica. Não quero o meio de nada, procuro as extremidades. O centro me puxa como um imã  atrai  metal. Fujo. Esforço-me. Ainda não cansei. Estar no meio é ser alvo fácil. É morte. Sou a vida tentando escapar da armadilha. Drika Gomes

Quem resiste?

Quem resiste, quando insiste? O ponto precisa da reta A letra precisa da frase O poema, do poeta... Quem resiste? O gesto necessita da mão O vaso do artesão A flor, do seu botão... Quem resiste?

amor

    Meu coração que andava cansado e caminhava pela vida com olhos tristonhos encontrou a sombra dos braços seus, saciou a sede na sua boca, deitou no regalo do seu peito, repousou... No embalo doce do amor pensou que sonhava, mas meu coração estava de olhos abertos e fitava os seus.